MANUTENÇÃO BASEADA NO RISCO - MBR

A consequência de uma falha em um equipamento pode estar em três grandes categorias:
- Consequências de Segurança e Ambientais: É uma falha que pode levar a impactos ambientais e de segurança
- Consequências Operacionais: É uma falha que impacta a produção ou operação da planta. Geralmente, o custo é monetário.
- Consequências Não-Operacionais: Todas as outras falhas que não se encaixam nas duas categorias anteriores e geralmente tem o custo de reparo apenas.

Parece existir uma certa confusão sobre o tema MBR, o que leva as pessoas a terem diferentes interpretações, mas em geral, o objetivo da MBR seria manter a planta de uma maneira que reduza as consequências de segurança e meio ambiente. Isto pode ser conseguido através de um sistema de gerenciamento dos equipamentos da planta, identificando-se todas as possíveis falhas de equipamentos que também possam oferecer um efeito associado à segurança das pessoas e meio ambiente.

Por exemplo: você pode ter uma bomba transferindo água gelada à um reator nuclear. Se a bomba falhar e o reator não parar, rapidamente a falha da bomba pode levar a um evento de maiores proporções, com severas consequências de segurança, ambientais e operacionais. Nesta situação, a MBR deveria identificar que uma bomba reserva deveria ser instalada no processo, ou alternativamente, fazer melhorias na manutenção periódica da bomba original durante os períodos em que s epode parar a bomba com segurança.

Basicamente, quando você fizer uma avaliação de risco, deve responder à três perguntas:
1 - O que aconteceria se o evento considerado realmente acontecer?
2 - Qual é a propabilidade de o evento ocorrer?
3 - O nível de risco é aceitável?
O produto das duas primeiras questões quantificam o risco. A terceira é medida pela gerência ou comunidade (sentimento).

Por exemplo, uma falha de um item em particular da planta pode resultar em dez mortes com a probabilidade de uma em mil anos. Baseado nesta hipótese, existe a probabilidade de uma morte a cada cem anos. A quetão agora é: isto é aceitável para a sua organização (indústria)?

O CMMS viabilizando um ambiente para a Excelência em Manutenção

Um sistema CMMS é apropriado para gerenciar as transações da manutenção, assim como um sistema de Finanças é indicado para gerenciar transações financeiras. No caso da mannutenção, as transações são as Ordens de Serviço, ao invés de Notas Fiscais. O inventário de uma planta se compara com o backlog e as peças de reposição seriam o estoque de matéria-prima usada na manufatura.
Informação correta é o caminho crítico para tomadas de decisões para assegurar uma operação confiável dos equipamentos. O desenvolvimento de estratégias e táticas para assegurar o bom funcionamento dos equipamentos pode ser muito facilitada com informações corretas e detalhadas sobre a vida do equipamento. Relatórios sumarizados possibilitam que os gerentes da manutenção possam colocar em spot as principais causas de problemas para a manutenção. As funções de planejamento e programação de tarefas podem também serem mais efetivas cum um sistema CMMS bem implantado em em pleno funcionamento. Apesar de não ser impossível a criação de uma cultura proativa sem um sistema CMMS, o trabalho pode tornar-se exaustivo e complexo.

Campos padronizados no CMMS

Para se obter o máximo de resultado na análise dos dados de seu CMMS, deve-se parametrizar o CMMS com campos selecionáveis, e não digitáveis. Para tanto, devem ser estabelecidos códigos para documentar qual componente falhou, o que causou sua falha e qual ação foi tomada para reparar o equipamento.
A maioria dos os CMMSs possuem campos que podem ser definidos pelo próprio usuário no momento da implantação do sistema.
O que leva as empresas a deixarem de lado esta capacidade do CMMS, talvez seja o grande esforço necessário para a definição, implantação e uso correto dos códigos, porém os benefícios alcançados pela Engenharia de Confiabilidade com base nestes códigos padronizados, faz com que o esforço inicial seja compensado muito rapidamente.